sexta-feira, 29 de julho de 2011

Acabou o sossego

Ontem Isabella começou a engatinhar. Na realidade ela não engatinha de verdade. Ela anda com as mãos, anda com o pé esquerdo e se puxa para frente. Ela ainda não tem o controle da perna direita, mas isso não a impede de ir onde ela quer! Aos poucos, de "pulinho" em "pulinho" (ela parece um coelhinho pulando ao se puxar para frente) ela vai chegando onde ela quer. E adivinhem o que ela quer? Os brinquedos da Rebecca! Imaginem a situação? A Rebecca chorando porque não quer que a Isabella babe os seus brinquedos e a Isabella chorando porque quer pegar os brinquedos da Rebecca.
Até ontem a situação era contornável. Eu colocava a Isabella longe dos brinquedos da Rebecca, colocava uns mordedores na frente dela e pronto. Ela podia até tentar rolar e se arrastar de novo para perto da Rebecca, mas ela demorava bastante! Dava tempo de pegá-la e reposicioná-la estrategicamente.
Agora, quando eu vejo, ela já está com os brinquedos da Rebecca na boca! E como eu faço para deixá-la sozinha na sala brincando enquanto eu levo a Rebecca ao banheiro? Impossível! Ontem mesmo ela foi "engatinhando" até o móvel de TV da sala e quando eu vi ela estava tentando ficar em pé apoiando-se nele! E se ela bate a boquinha ou a cabeça na quina do móvel?
Tenho ou não razão em afirmar que acabou o sossego?

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Conforme prometido

Conforme prometido estou retornando aqui para relatar como ficou a doação de leite após o meu retorno ao trabalho.
Eu estava preocupada em como transportar o leite de ônibus do Rio para Niterói, sem comprometer a temperatura e derreter o leite. Achei que essa logística ia ficar um tanto quanto complicada! Então, decidi ligar para o banco de leite do Instituto Fernandes Figueira e verificar se eles iriam lá no meu trabalho buscar o leite. E para minha surpresa, o corpo de bombeiros faz isso para eles! Liguei então para o banco de leite do Hospital Antônio Pedro e me descadastrei avisando que seria doadora do banco de leite do Rio.
Na semana passada, eles me ligaram na terça-feira para saber se poderiam buscar, na quarta-feria, o leite coletado. Porém, eu só tinha conseguido coletar na segunda-feria, e não haveria leite suficiente. Remarquei para a semana seguinte. Coletei mais na sexta-feira (já que faltei na terça, na quarta e na quinta) e coletei na segunda e na terça desta semana. Hoje o corpo de bombeiros virá aqui buscar o vidro cheio.
Como Isabella já está com quase 8 meses e já está se alimentando normalmente (almoçando e jantando), e só está mamando de noite e de madrugada, a minha produção de leite está diminuindo bastante. E por causa disso, acredito que só conseguirei continuar doando por mais duas ou três semanas. Mas sei, que apesar de eu ter começado a doar leite um pouco tarde, cada vidro coletado fez diferença e ajudou vários nenêns a se recuperarem mais rapidamente.

Se você trabalha ou mora no Rio de Janeiro, e deseja doar leite, entre em contato com o Instituto Fernandes Figueira.
Se você trabalha ou mora em Niterói, entre em contato com o Hospital Antônio Pedro.
E se você mora em outro lugar, tente encontrar o banco de leite mais próximo através da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano.

Se você pode doar, não espere mais. Seja uma doadora. Você não vai se arrepender!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

E agora?

Uma das vantagens de ter uma babá, ou de deixar seus filhos com as avós/avôs é que você pode ir trabalhar tranquila mesmo quando eles estão doentes. No caso da creche, a criança não pode ir com febre, e mesmo depois que estiver boa, só pode ir com atestado médico.
Como todos sabem voltei a trabalhar na segunda-feira. Depois de longos 7 meses tive que enfrentar a dura realidade do retorno ao trabalho. E, para minha surpresa, na madrugada de terça-feira Isabella teve febre! Pensei: "Ai meu Deus! De novo?" Na própria terça-feira levei-a na emergência pediátrica e não acreditei: otite no ouvido esquerdo! 10 dias de antibiótico (ela tinha tomado 7 dias de outro antibiótico na semana anterior - sendo sexta à noite a última dose - para curar uma otite no ouvido esquerdo). Como o último episódio de febre dela foi ontem, quarta-feira, às 06:20 da manhã, eu pensei: "Quinta-feira a vida volta ao normal!".
Ontem de noite Rebecca reclamou de dor de ouvido. Dei remédio de dor para ela e já fiquei preocupada, porque ela já tomou 5 dos 10 dias de antibiótico para a otite do ouvido direito (ela começou a sentir dor de ouvido na madrugada de sábado). E hoje de madrugada, às 02:40, ela teve febre!
Lá vou eu tudo de novo: levá-la ao médico de emergência e não vou poder trabalhar!
Estou me sentindo como uma malabarista que acabou de deixar suas bolas caírem no chão.
E agora?

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Bem-gestar


Não sei se vocês sabem, mas durante a gestação da Rebecca e da Isabella eu fiz aulas de ginástica para gestantes com a minha irmã, que é fisioterapeuta e abriu o bem-gestar. Lá, além de exercitarmos nosso corpo, fortalecermos nossos braços, pernas e abdômen, exercitamos principalmente os músculos da boca. Minha irmã pode achar que estou falando besteira, mas acho que o que o bem-gestar tem de mais legal não é a parte dos exercícios e sim, a deliciosa dinâmica criada entre as colegas de turma. Cada gestante fala mais que a outra! E rimos. Sim. Rimos muuuuito! Tem horas que ninguém se escuta mais. Todas falam ao mesmo tempo! Uma loucura! E o exercício? Ninguém lembra mais qual era! Mas é este clima, este ambiente, que faz do bem-gestar um lugar diferente. Um lugar onde as gestantes podem falar, falar e falar! Compartilhar suas dúvidas, medos, anseios, e, principalmente, alegrias.
Na gestação da Rebecca minha irmã estava começando. Então, muitas aulas eu fiz sozinha, apenas eu e ela. Depois o negócio foi crescendo, e no final a minha turma já estava cheia (eram 3 por turma na época e agora são 4). E eu era diferente. Era mais fechada. Menos falante (percebe-se pelo tamanho do meu blog...e deste post). Por isso eu não curti tanto o bem-gestar na gestação da Rebecca, como curti na gestação da Isabella.
Desta última vez eu era veterana. Já tinha uma filha! Já sabia de quase tudo (menos de como seria lidar com o ciúmes da filha mais velha). Por isso eu estava mais confiante, e podia compartilhar minhas experiências com mais autoridade. E isso também é muito legal no bem-gestar. As veteranas dão mais segurança às novatas através de suas experiências. E essa troca é maravilhosa. Eu me senti mais útil, mais prestativa, mais solidária ao compartilhar tudo que já sabia e ajudar a tirar algumas dúvidas que surgiam.
A parte física também é muito boa. Minha irmã é excelente. Ela, além de ser fisioterapeuta, é bailarina e professora de pilates. Ou seja, a aula é uma mistura de pilates solo, alongamento e yoga com pitadas de ballet. É uma aula cansativa, mas revigorante. As dores lombares desaparecem, o estresse desaparece e seu corpo agradece. Ao final da gestação você percebe a diferença que fez. Não que você não se sinta cansada e pesada. Isso é normal. Mas a disposição é outra. Não sei se poderia enfrentar o parto normal da Isabella sem toda musculação que fiz no bem-gestar. Afinal, tive que fazer muuuita força.
Resumindo: eu recomendo! Recomendo mesmo! Recomendei para várias amigas. Algumas foram e outras não. As que foram me agradeceram imensamente. Uma delas, inclusive, voltou para fazer ginástica na segunda gestação. É bom demais.
Obrigada, irmãzinha querida. Obrigada por ter criado o bem-gestar para tirar as gestantes do ócio e proporcionar uma experiência única e especial. Que Deus te dê muito sucesso! Te amo!

Game Over

É. Acabou! Hoje foi meu último dia de férias. Segunda já volto ao batente. Foram 7 meses muito intensos. Intensamente cansativos, intensamente alegres, intensamente vividos. Desde a chegada da Isabella (um parto intenso) até o dia de hoje, quando a levei ao pediatra para a consulta de 7 meses e ela teve que tomar vacina (nem chorou intensamente, só um pouquinho).
Foi um tempo de bastante proveito. Aproveitei este tempo para curtir a Rebecca. Várias vezes eu a peguei mais cedo na escola, só para poder brincar mais com ela, para ela não se sentir rejeitada, abandonada ou coisa parecida. Afinal, ela é muito esperta, e sabia muito bem que eu não estava trabalhando, mas que eu estava em casa com a Isabella. Aproveitei para tirar muitas fotos e, inclusive, ter umas horinhas de aula particular de fotografia com Lucão. Aproveitei para ir ao dentista, dermatologista e ginecologista! Aproveitei para ler alguns livros. Aproveitei para escrever no blog. Resumindo: aproveitei!
E hoje, infelizmente, tenho que aproveitar minhas últimas horas de férias! A agenda está cheia: aula de fotografia, aula de inglês, comprar presente de dois coleguinhas que fazem aniversário ... e quem sabe descansar um pouco?! Porque amanhã é a festa junina da escola das meninas! Vai ser aquela canseira! Descansar que é bom mesmo foi a única coisa que eu não aproveitei para fazer!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Sucesso total

Hoje fui pegar as meninas na escola com o carrinho novo. Quando coloquei Isabella no carrinho ela chorou de perder o fôlego! Peguei ela no colo e ela parou de chorar na hora. Tentei mais uma vez, mas sem êxito. Fiquei com ela no colo um pouquinho mais, mas quando a Rebecca começou a descer pela rampa, não tinha mais como enrolar. Isabella teve que ir para o carrinho, mesmo chorando!
Quando Rebecca chegou, fez carinho na Isabella e eu a coloquei no carrinho. Pronto. Isabella ficou toda contente! Rebecca pegou mão dela e lá fomos nós embora para casa! As duas felizes da vida! Graças a Deus!
A primeira experiência foi um sucesso. Vamos ver como será amanhã de manhã ao levá-las para a escola...Que Deus me ajude!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Carrinhos de bebê

Logo que engravidei da Isabella pensei que teria que comprar outro carrinho de bebê. Mas não para Isabella e sim para Rebecca. Afinal, o carrinho da Rebecca era travel system, ou seja, acopla o bebê conforto em cima. Na mesma época um casal de americanos amigos nossos estavam voltando para o EUA e queriam vender o carrinho Jeep deles. Foi perfeito. Compramos o carrão para Rebecca. Ele tem até buzina!
Passados 6 meses, eis que me deparo com a dura realidade: como levar as duas para escola? e mais as duas mochilas e mais a lancheira da Rebecca? Até então estava levando a Isabella no carrinho e a Rebecca andando, de mão dada. Isso mesmo, estava levando o carrinho com a Isabella, uma mochila e uma lancheira penduradas nele e o empurrando com apenas com uma mão e carregando a mochila da Rebecca nas costas! Estava muito difícil. E pior, eu ia voltar a trabalhar e quem ia ter que fazer isso era o Claudinho! Sabia que isso não iria funcionar! Ele não ficaria empurrando o carrinho com apenas uma mão. A Rebecca teria que ir ao lado do carrinho segurando nele.
Então, um certo e belo dia, estava eu saindo da creche, quando encontrei a Cátia e o Ronaldo com um carrinho de gêmeos, carregando o Raphael e o Arthur! Ambos sentadinhos, comportadinhos e de mãos dadas! LINDOS! O Arthur tinha 2 anos e o Raphael tinha 4 meses! ADOREI a idéia! Mas como convencer o Claudinho que era preciso comprar um terceiro carrinho?!
Conversei com ele, e os argumentos dele foram válidos: não era necessário pois já tínhamos 2 carrinhos e depois, a gente teria que se desfazer desse de gêmeos quando a Rebecca não quisesse mais andar nele, e voltar a usar só o Jeep com a Isabella.
No dia seguinte fomos andando para a escola, como eu sempre fazia: Isabella no carrinho com a mochila e a lancheira pendurada, e a Rebecca andando do lado do carrinho e segurando nele. Ao chegarmos na escola, um pai desatento, tirou o filho do carro e colocou-o no chão. Quando este pai voltou para pegar a mochila no carro, o menino simplesmente atravessou a rua em direção a escola!!! Graças a Deus não estava passando nenhum carro! Pois essa foi a gota d'água! Naquele dia mesmo o Claudinho disse que eu podia comprar o carrinho de gêmeos. Que Rebecca não poderia ficar andando do lado do carrinho pois isto era muito perigoso. Vai que ela sai correndo?
Hoje vou lá buscar o carrinho e já vou pegar as crianças na escola com ele. Espero que funcione!
Existem dois modelos mais baratos: o duetto e o go twin. Ambos são da Burigotto. Eu escolhi o go-twin porque minha porta quando aberta tem apenas 75cm (porque a porta abre apenas 90 graus).
Depois eu conto como foi a primeira viagem no carrinho novo!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A difícil tarefa de ser mãe e trabalhar fora

Hoje começamos a simulação da minha volta ao trabalho. Depois de 6 meses levando a Rebecca para a escola, hoje eu fiquei em casa. Claudinho levou Rebecca e Isabella, sozinho, para a escola. Detalhe: estava chovendo!
Antes de sair de casa a Rebecca começou a chorar dizendo que não queria ir para escola, que queria ficar em casa comigo. Tive que explicar para ela que eu não iria ficar em casa, que eu iria voltar a trabalhar, e que ela teria que ir para escola. Foi aí que ela disse: "Trabalha não. Fica aqui em casa comigo!". Que dor! Expliquei para ela que eu precisava trabalhar para poder comprar brinquedos, roupas, chocolates, biscoitos e para poder morar onde moramos, etc. Ela rapidamente falou: "fica comigo? trabalha depois para comprar chocolate e biscoito?". Eu ri, dei um beijo nela e disse tchau enquanto ela ia andando e chorando pelo corredor do edifício, ao encontro do pai.
Ser mãe, é delicioso! Mas, infelizmente, passamos por alguns apertos ao longo do caminho. E acho que o pior aperto é esse: depois de 6 meses em casa, voltar a vida real: ficar 12 horas por dia longe das minhas filhas.
Quando voltei da licença da Rebecca eu estava mais preparada. Talvez porque eu tenha ficado apenas 5 meses, ou talvez porque só tinha a Rebecca. Não sei. Sei apenas que está sendo mais difícil voltar ao trabalho agora, deixando a Rebecca e a Isabella na escola. Como dói.
Bem, este post foi mais para desabafar. Para compartilhar um pouquinho a minha dor e para preparar aquelas mães que ainda vão passar por isso. Na realidade não existe preparação para isso. Posso falar, falar, falar, que NADA vai te preparar para este momento tão difícil. Meu único conselho é: aproveite cada segundo que ainda te resta. E que Deus nos abençoe, nos dando forças para suportar a saudade.