segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Diabetes Gestacional III

Este post é apenas para complementar o post anterior com mais algumas informações que achei válidas.
Existem outras indicações para o TOTG além das mencionadas no post anterior. São elas:
- glicemia de jejum no início da gravidez >= 85 mg/dL
- glicemia de jejum < 85 mg/dL em gestantes com dois ou mais fatores de risco para DM (diabetes mellitus).



Os fatores de risco mais importantes são:
- diabetes gestacional prévio;

- idade materna > 35 anos;

- baixa estatura (< 1,50 m);

- HAS (hipertensão arterial sistêmica) ou pré eclâmpsia na gravidez atual;

- gordura de localização abdominal;

- história pessoal de diabetes (gestacional ou não);

- história familiar de diabetes em primeiro grau;

- gestações anteriores com bebês muito grandes ou com malformações;

- retardo de crescimento do feto;

- antecedentes obstétricos de morte fetal ou neonatal, malformação fetal, polidrâmnio ou macrossomia;

- aumento excessivo de peso na gravidez atual;

- altura uterina maior do que a esperada para a idade da gestação;

- crescimento acentuado do feto;

- presença de grande quantidade de líquido amniótico;

- síndrome do ovário policístico e outras patologias que levam ao hiperinsulinismo;
- uso de drogas hiperglicemiantes: corticoides, diuréticos tiazídicos.

Anteriormente eu havia dito que não possuia nenhum fator de risco na gestação da Rebecca, mas na verdade o meu exame de glicose em jejum era 86 mg/dL. Ou seja, tinha indicação para fazer o TOTG (glicose em jejum maior que 85 mg/dL).
Se o seu médico não pediu este exame e você já está com mais de 24 semanas, converse com ele. Pode ser que não seja realmente necessário fazer este exame. Ou pode ser que ele deixe a seu critério, afinal o exame é realmente desagradável. De qualquer forma, acredito que um exame a mais não faz mal. Na verdade faz até bem. Se der negativo, você ficará mais tranquila sabendo que está tudo bem. E se der positivo, você poderá tomar as devidas precauções: dieta e exercícios.
Vale a pena dar uma olhada neste link da Secretaria do Estado de São Paulo sobre o pré-natal e o puerpério.
Fica a dica.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Diabetes gestacional II

Já tem algum tempo que tenho pensando em escrever um post informativo sobre o assunto, mas só decidi fazê-lo hoje, ao ver uma notícia no jornal dizendo que a diabestes está fora do controle no Brasil. Como já postei anteriormente, eu tive diabestes gestacional tanto na gravidez da Rebecca, quanto na da Isabella.
Para quem não sabe, a placenta, após a 24a. semana, produz o hormônio lactogênio placentário que dificulta a ação da insulina. Isto, para algumas mulheres, é suficiente para desenvolver este tipo de diabetes. A diabetes gestacional pode ser diagnosticada através de um exame de sangue chamado TOTG (teste oral de tolerância a glicose). Neste exame, após fazer a coleta do sangue em jejum de 12 horas, a gestante deve tomar um copo de água gelada misturada com 75 g de glicose anidra (ou dose equivalente de 82,5 g de dextrosol - uma substância muuuuito doce) e ficar em repouso. Após 60 minutos o sangue é coletado novamente e a gestante é liberada. Devo confessar que este não é um exame muito agradável!
Nem todos os médicos fazem esta solicitação. Eu percebi isso com algumas amigas, que não fizeram o exame. Algumas, felizmente, não desenvolveram a diabetes gestacional. Outras porém, tiveram bebês GIGs (grandes para a idade gestacional), que nasceram antes de 38 semanas e apresentaram hipoglicemia ao nascer. Tenho quase certeza que elas tiveram diabetes gestacional não diagnosticada, e, consequentemente, não controlada.
Existem vários fatores de risco para o desenvolvimento deste tipo de diabetes:
- história familiar de diabetes em primeiro grau;
- excesso de peso (IMC > = 25 kg/m2);
- sedentarismo;
- HDL colesterol baixo (< = 40mg/dl) ou triglicerídeos elevados (> 150 mg/dl);
- hipertensão arterial;
- diabetes gestacional prévio;
- história de macrossomia fetal ou de abortamentos de repetição ou mortalidade perinatal;
- uso de medicação hiperglicemiante.

Eu, por exemplo, não tinha nenhum destes fatores. E se dependesse disso para ser diagnosticada, jamais seria. A minha sorte, é que minha médica é uma das que SEMPRE solicitam este exame, para todas as suas gestantes.
É muito importante detectar a diabetes gestacional a tempo, porque o bebê pode ter uma hipoglicemia após o nascimento devido a queda abrupta de glicose em seu sangue (na barriga da mãe eles estava acostumado a receber altas doses de glicose), o que pode levá-lo a morte.
Outra coisa muito importante, no caso do exame dar positivo, é controlar rigidamente sua dieta. Desta forma, o bebê receberá apenas a quantidade necessária de glicose e não precisará de nenhum cuidado especial ao nascer (foi o caso da Rebecca e da Isabella).

Se você quiser ler um pouco mais sobre o assunto, sugiro os seguintes links:
- Alô Bebê
- Guia do Bebê