terça-feira, 2 de agosto de 2011

Diabetes gestacional II

Já tem algum tempo que tenho pensando em escrever um post informativo sobre o assunto, mas só decidi fazê-lo hoje, ao ver uma notícia no jornal dizendo que a diabestes está fora do controle no Brasil. Como já postei anteriormente, eu tive diabestes gestacional tanto na gravidez da Rebecca, quanto na da Isabella.
Para quem não sabe, a placenta, após a 24a. semana, produz o hormônio lactogênio placentário que dificulta a ação da insulina. Isto, para algumas mulheres, é suficiente para desenvolver este tipo de diabetes. A diabetes gestacional pode ser diagnosticada através de um exame de sangue chamado TOTG (teste oral de tolerância a glicose). Neste exame, após fazer a coleta do sangue em jejum de 12 horas, a gestante deve tomar um copo de água gelada misturada com 75 g de glicose anidra (ou dose equivalente de 82,5 g de dextrosol - uma substância muuuuito doce) e ficar em repouso. Após 60 minutos o sangue é coletado novamente e a gestante é liberada. Devo confessar que este não é um exame muito agradável!
Nem todos os médicos fazem esta solicitação. Eu percebi isso com algumas amigas, que não fizeram o exame. Algumas, felizmente, não desenvolveram a diabetes gestacional. Outras porém, tiveram bebês GIGs (grandes para a idade gestacional), que nasceram antes de 38 semanas e apresentaram hipoglicemia ao nascer. Tenho quase certeza que elas tiveram diabetes gestacional não diagnosticada, e, consequentemente, não controlada.
Existem vários fatores de risco para o desenvolvimento deste tipo de diabetes:
- história familiar de diabetes em primeiro grau;
- excesso de peso (IMC > = 25 kg/m2);
- sedentarismo;
- HDL colesterol baixo (< = 40mg/dl) ou triglicerídeos elevados (> 150 mg/dl);
- hipertensão arterial;
- diabetes gestacional prévio;
- história de macrossomia fetal ou de abortamentos de repetição ou mortalidade perinatal;
- uso de medicação hiperglicemiante.

Eu, por exemplo, não tinha nenhum destes fatores. E se dependesse disso para ser diagnosticada, jamais seria. A minha sorte, é que minha médica é uma das que SEMPRE solicitam este exame, para todas as suas gestantes.
É muito importante detectar a diabetes gestacional a tempo, porque o bebê pode ter uma hipoglicemia após o nascimento devido a queda abrupta de glicose em seu sangue (na barriga da mãe eles estava acostumado a receber altas doses de glicose), o que pode levá-lo a morte.
Outra coisa muito importante, no caso do exame dar positivo, é controlar rigidamente sua dieta. Desta forma, o bebê receberá apenas a quantidade necessária de glicose e não precisará de nenhum cuidado especial ao nascer (foi o caso da Rebecca e da Isabella).

Se você quiser ler um pouco mais sobre o assunto, sugiro os seguintes links:
- Alô Bebê
- Guia do Bebê

2 comentários:

  1. Puxa Binha, muito legal esse seu post. Eu, por exemplo, mal sabia da existência de diabetes gestacional até te conhecer durante a gravidez da Rebecca. Acho muito importante que todas as mulheres grávidas ou que pretendam ter filho algum dia saibam disso, para que peçam para fazer o exame, mesmo que a médica não peça! Afinal, temos que tomar nossas precauções! Beijos!

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  2. Oi Sabrina, depois que conversamos sobre diabete gestacional lá no trabalho e li seu post, fui olhar o pedido de exame que meu médico me passou este mês e ele não pediu o TOTG e eu estou entrando na 26 semana. Vou entrar em contato com ele e pedir para que solicite esse exame. Obrigada pela informação e parabéns pelo blog, está gostoso de ler e informativo também.Bjs, Andreza.

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